Aline Shayuri
A cozinheira Maria da Conceição Costa prepara um bolo para o lanche das crianças e adolescentes da Casa Azul
Maria da Conceição Costa, 43 anos, começou a trabalhar na Assistência Social Casa Azul depois de uma situação inusitada. A filha dela, quando pequena, frequentava a ONG e foi até a presidente, Daise Lourenço Moisés, pedir uma ajuda para a mãe, que estava desempregada. Conceição fez um curso de salgadeira e confeiteira, se aperfeiçoando. Após isso, ingressou na profissão e há seis anos é cozinheira da instituição.
“Meus filhos frequentaram aqui desde pequenos e tudo o que nós conseguimos, estudos e emprego, e o que somos hoje é fruto do trabalho da Casa Azul”. Hoje, Conceição tem uma filha que está para se formar em pedagogia, outra que está fazendo curso preparatório para concurso público e um filho formado em tecnologia da computação que já trabalha na área.
A Assistência Social Casa Azul Felipe Augusto é uma ONG que atende crianças e adolescentes em vulnerabilidade social em Samambaia. O espaço oferece acompanhamento pedagógico, aulas de artes, teatro, música (coral, orquestra, teclado, flauta, percussão), dança (balé e hip hop), idiomas, informática, atividades esportivas e capacitação profissional.
A fundadora e presidente da instituição, Daise Lourenço Moisés, afirma que a proposta da Casa Azul é fazer uma transformação não apenas na vida da criança ou do adolescente, mas também na família deles. “É preciso quebrar o círculo vicioso da pobreza e transformar um dos seres, colocando-o no mercado de trabalho. Após isso, ele será o referencial e mudará toda a família”.
Daise afirma ainda que, há alguns anos, a região onde localiza-se a unidade sede da entidade era a mais violenta da cidade e que hoje esse índice diminuiu. Nessa mudança de perfil, Daise acredita que o trabalho da Casa Azul teve um efeito positivo. “É preciso tirá-los da marginalidade e dar um leque de oportunidades para aqueles que querem se formar na faculdade, que querem ser técnicos ou mesmo autônomos”.
A seleção de crianças e adolescentes que entram na instituição é baseada em critérios como renda, risco – se a criança tem casos na família de envolvimento com álcool, drogas, violência doméstica, entre outros –, quantidade de pessoas dentro da renda familiar e se já possui algum parente envolvido em projetos da entidade.
Os centros de referência de assistência social – CRAS e CREAS – de Samambaia também fazem uma triagem e encaminham crianças e adolescentes de projetos do GDF para a Casa Azul. A procura é grande e há uma lista de espera nesses centros.
A instituição atende cerca de 1200 crianças e adolescentes entre 4 meses e 18 anos. Para colaborar com esse trabalho, conta com 97 funcionários – nutricionistas, pedagogas, assistentes sociais, psicólogas –, 40 colaboradores, 20 empresas parceiras, além dos voluntários da comunidade que participam de outras atividades. Os recursos vêm de doações, bazares realizados em Samambaia, convênios com o GDF e com empresas privadas.
A Casa Azul trabalha com diversos programas como o CRERSER, o Brincando e Educando, o De Olho no Futuro e o Construindo Vidas que oferecem atividades lúdicas, pedagógicas e de capacitação profissional.
SERVIÇO. A Casa Azul funciona de segunda a sexta-feira, de 7h às 18h, e nos sábados de 14h às 17h. A unidade sede localiza-se na QN 315, conjunto F, Lotes 1/4, Samambaia. Já o anexo fica na QN 311. Para colaborar financeiramente ou ser um voluntário, basta entrar no sítio da Casa Azul no endereço www.casazul.org.br e preencher o cadastro. Mais informações pelos telefones 3359-2098 ou 3359-2095.
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terça-feira, 23 de julho de 2013
ONG Casa Azul oferece apoio a crianças e adolescentes carentes - Conheça e Colabore
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