segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Atenção Brasília - Bactéria Estreptococos do Grupo A - Atenção Brasília (Saúde)

A Subsecretaria de Vigilância à Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, divulga informe com orientações e os cuidados que a população deve tomar para evitar a infecção causada pela bactéria estreptoco​cos do Grupo A (inclui Streptococ​cus pyogenes). Veja abaixo:

Infecção causada por estreptococos do Grupo A
(inclui Streptococcus pyogenes)

O que é infecção causada por estreptococos do grupo A?
Os estreptococos do grupo A são bactérias (germes) encontrados normalmente na garganta e na pele de pessoas saudáveis. Esporadicamente, estes germes podem causar dor de garganta ou infecção cutânea leve. E,
raramente os estreptococos do grupo A, causam uma versão grave da doença chamada de infecção invasiva por estreptococos do grupo A.
Quais são os sintomas da infecção causada por estreptococos do grupo A?
As formas mais comuns e leves da infecção causada por este germe incluem febre, dor de garganta e/ou infecções da pele. Em alguns casos, a infecção causada por estreptococos do grupo A pode agravar-se, podendo ocorrer escarlatina, infecções do ouvido, problemas renais e febre reumática. Quando estes germes penetram em partes do corpo onde estas bactérias não costumam estar presentes, como por exemplo, abaixo da pele, no sangue, nas articulações ou nos pulmões pode haver desenvolvimento de doença grave, chamada de infecção invasiva por estreptococos do grupo A.
Como é transmitida a infecção por estreptococos do grupo A?
A infecção por estreptococos do grupo A é transmitida de pessoa a pessoa normalmente através da saliva, das mãos contaminadas e que não são lavadas, ou através de contato direto com feridas ou lesões na pele. Ambientes com aglomeração de pessoas, como dormitórios, quartéis e creches, facilitam a transmissão de germes. As pessoas podem apresentar estreptococos do grupo A na garganta ou nariz, mas não estarem doentes, e tem menos possibilidade de transmitir os germes para outros. O doente por essa bactéria não transmite os germes a outras pessoas após ter 24h de início do uso de antibioticoterapia.
A infecção por estreptococos do grupo A é comum?
As bactérias desse grupo podem ser encontrados na pele, na garganta e no nariz de pessoas saudáveis, mesmo se não estiverem doentes. A faringite estreptocócica e infecções cutâneas leves (como impetigo) são muito comuns. As infecções invasivas por estreptococos do grupo A são raras.
Quem pode contrair infecção por estreptococos do grupo A?
Qualquer um pode contrair faringite ou uma infecção cutânea leve por estreptococos do grupo A. Normalmente, pessoas saudáveis têm um risco muito pequeno de adquirir infecção invasiva. Pessoas com doenças crônicas como câncer, diabetes, doença cardíaca crônica, alcoolismo, infecção por HIV e crianças ou adultos com baixa imunidade apresentam um risco maior de contrair doenças invasivas do que outras pessoas. Pessoas que fazem diálise, extremamente obesas ou que têm catapora também enfrentam um risco maior do que pessoas saudáveis.
Como se faz o diagnóstico da infecção por estreptococos do grupo A?
O diagnóstico de pessoas suspeitas de doença por estreptococos do grupo A por pode ser feito através de coleta de secreção da garganta e de amostra de sangue.
Qual é o tratamento para a infecção por estreptococos do grupo A?
Deve-se procurar o médico assim que apresentar os primeiros sintomas e evitar a automedicação. Se você tiver uma infecção por estreptococos do grupo A, o seu médico geralmente receitará antibióticos. Lembre-se que é muito importante tomar o antibiótico conforme a prescrição médica a fim de evitar complicações.
O que você pode fazer para evitar a infecção por estreptococos do grupo A?
• A lavagem de mãos é a melhor forma de evitar todos os tipos de infecção por estreptococos do grupo A. Lavar as mãos, especialmente após tossir ou espirrar, e antes e depois de cuidar de uma pessoa doente, ajudará a evitar a transmissão de germes. • Evite compartilhar alimentos, bebidas, cigarros ou pratos, copos e talheres. Creches e escolas devem limpar os brinquedos diariamente. • Mantenha ferimentos (como cortes ou arranhões) limpos e esteja atento a sinais de infecção. Se um ferimento tornar-se vermelho ou inchado, ou se você desenvolver febre procure o serviço de saúde. • Se tiver uma dor de garganta, consulte o seu médico. A pessoa diagnosticada com infecção por estreptococos do grupo A só deve voltar a frequentar à escola, creche ou trabalho após já estar tomando antibióticos por pelo menos 24 horas. • Se a pessoa trabalhar no setor da saúde ou alimentício, só deve voltar ao trabalho após já estar tomando antibióticos por pelo menos 24 horas.
Diretoria de Vigilância Epidemiológica
DIVEP/SVS/SES-DF

Referências:
1. Brazilian Portuguese - Group A Streptococcal Disease Public Health Fact SheetMassachusetts Department of Public Health, 305 South Street, Jamaica Plain, MA 02130. (adaptação).

-- Fabiana Borges dos Santos


Secretaria de Saúde investiga mais um provável caso de morte pela bactéria 

Da Redação
redacao@jornaldebrasilia.com.br

A Secretaria de Saúde está monitorando mais um caso suspeito de morte pela bactéria estreptococos do Grupo A. Trata-se de um menino de seis anos, Davi Pereira Gomes, que estudava em uma escola da 305 Sul e morreu rapidamente após dar entrada no Hospital Regional do Guará, no sábado.  Até agora, estão confirmadas três mortes pela bactéria. Outros dois óbitos  neste ano também pela estreptococos porém de um tipo diferente, estão  sendo estudados pelas autoridades para saber se existe alguma ligação.

A Assessoria de Imprensa da secretaria informa que o laudo com a causa da morte de Davi deve sair em 30 dias. Por precaução, toda a escola foi esterilizada na tarde de ontem. A recomendação é que as pessoas, principalmente aquelas que mantiveram contato com a vítima, prestem atenção aos sintomas. Caso haja desconfiança ou necessidade, a Vigilância Epidemiológica pode ser acionada.

A Secretaria de Saúde  afasta a hipótese de epidemia, mas, por via das dúvidas, divulgou uma série de esclarecimentos sobre a doença (veja quadro abaixo), com as orientações e cuidados que devem ser tomados. A ideia é que a população fique alerta e procure atendimento médico rapidamente caso perceba alguns dos sintomas semelhantes aos provocados pela bactéria.

Entre as mortes já confirmadas, duas foram registradas entre agosto e setembro, sendo a primeira no Lago Sul, de uma menina de 11 anos, e a segunda, no Guará, de uma mulher de 38 anos. A última vítima, uma menina de dez anos, morreu no dia 4 último. Os três casos apresentaram febre e sintomas de gripe. Em menos de 12 horas o quadro  se agravou e as pessoas morreram. A  Secretaria de Saúde emitiu uma nota  dizendo que "esses fatos representam um risco de propagação que necessita de uma rápida intervenção médica".

Segundo o secretário de Saúde, Raphael Barbosa, o que chama a atenção nestes  é  a detecção de casos que fogem do habitual. Nenhum dos óbitos confirmados até agora, de acordo com ele,  teve contaminação atípica.

O infectologista Vitor Laerte reforça que o contágio se dá pelo contato, como aperto de mão, tosse, espirro. “As pessoas devem ficar alertas a nódulos dolorosos na garganta e febre”, explica.

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