Vemos isso muito nas religiões, onde a busca espiritual reflete da busca do auto conhecimento e de estabelecer um sentido ou melhor, um propósito para a própria vida, uma vez que todo o demais ao seu redor não lhe satisfaz.
Andar com Jesus é algo que começa sempre de dentro (o contrário é superficial e não é verdadeiro) e se manifesta através de nossas ações, escolhas, palavras, etc. No ser humano, tudo precisa obrigatoriamente passar por uma aceitação interna, ou seja, deve estar de acordo com princípios pré-concebidos, construídos, ou interiorizados, aqui está o grande desafio.
Fica mais fácil entender atitudes como de Lutero, que confrontou seus líderes se opondo a um padrão pré-estabelecido de espiritualidade e adoração à Deus, mesmo quando isso significava perder a própria vida, assim como também os 12 apóstolos de Jesus. A grande verdade é que a submissão ao meio / sociedade em que viviam com seus conceitos, costumes e supostas verdades, já os colocava na posição de semi-vivos, ou melhor, semi-mortos, uma vez que negava suas consciências, seus princípios, o homem interior em cada um deles.
Reforçando, o verdadeiro cristianismo nunca vai ter como alvo o exterior: o ter, a bênção, o milagre, o ganhar, o vencer, fora de si mesmo. O alvo sempre é interior. De transformação do caráter, dos princípios, o que para frustração de muitos, leva tempo. E esse tempo é o que muitos não estão dispostos a esperar. A espera é o inverso do imediatismo multiplicativo em que muitas denominações / instituições religiosas tem baseado sua caminhada e entendimento de evangelho.
Quando perdemos o entendimento de termos o alvo no interior, perdemos o propósito do evangelho que é o saciar a sede (o vazio) pré-existente no ser humano de se assemelhar à Deus, não é no que Cristo fez, ainda que o mesmo seja possível e até mesmo profetizado pelo mesmo, mas em quem Cristo foi. O vazio nos homens não é só de Deus, mas principalmente de voltar a ser a imagem e semelhança Dele.
O resultado dessa falta de entendimento tem gerado no Brasil um efeito constrangedor para o nosso "evangelho"... Um número cada vez mais crescente de "crentes" que não estão ligados a nenhuma denominação / instituição religiosa. Porque enquanto estavam lá o investimento maior feito na vida deles foi externo: milagres, curas, dinheiro, portas abertas, etc. Tudo isso é muito bom mas não sacia para sempre, e o homem dentro da "igreja" volta a ter sede... Essa sede gera frustração, decepção com pessoas e doutrinas / visões... E o homem volta a posição inicial onde não encontra o referencial adequado, onde muitos voltam a ficar como quem esta perdido... Com um agravante, supostamente já experimentaram o cristianismo...
Isso é muito sério.
Mateus
4.7 Uma mulher samaritana veio tirar água, e Jesus lhe disse: — Por favor, me dê um pouco de água.
4.8 (Os discípulos de Jesus tinham ido até a cidade comprar comida.)
4.9 A mulher respondeu: — O senhor é judeu, e eu sou samaritana. Então como é que o senhor me pede água? (Ela disse isso porque os judeus não se dão com os samaritanos.)
4.10 Então Jesus disse: — Se você soubesse o que Deus pode dar e quem é que está lhe pedindo água, você pediria, e ele lhe daria a água da vida.
4.11 Ela respondeu: — O senhor não tem balde para tirar água, e o poço é fundo. Como é que vai conseguir essa água da vida?
4.12 Nosso antepassado Jacó nos deu este poço. Ele, os seus filhos e os seus animais beberam água daqui. Será que o senhor é mais importante do que Jacó?
4.13 Então Jesus disse: — Quem beber desta água terá sede de novo,
4.14 mas a pessoa que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Porque a água que eu lhe der se tornará nela uma fonte de água que dará vida eterna.
Léo Bp
Veja matéria abaixo:
15/08/2011 - 08h20
Sobe total de evangélicos sem vínculos com igrejas
O número de evangélicos que não mantêm vínculo com nenhuma igreja cresceu, informa reportagem de Antônio Gois e Hélio Schwartsman, publicada na Folha.
Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares, do IBGE, eles passaram de 4% do total de evangélicos em 2003 para 14% em 2009, um salto de 4 milhões de pessoas.Os dados do IBGE também confirmam tendências registradas na década passada, como a queda da proporção de católicos e protestantes históricos e alta dos sem religião e neopentecostais.
No caso dos sem religião, eles foram de 5,1% da população para 6,7%. Embora a categoria seja em geral identificada com ateus e agnósticos, pode incluir quem migra de uma fé para outra ou criou seu próprio "blend" de crenças --o que reforça a tese da desinstitucionalização.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/959739-sobe-total-de-evangelicos-sem-vinculos-com-igrejas.shtml
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